NOTÍCIA


Cultivo de algas e as potencialidades para a produção de biocombustível

Cultivo de algas e as potencialidades para a produção de biocombustível
17 de Agosto de 2017
Voltar

Com a demanda cada vez mais crescente por formas mais sustentáveis de combustíveis, o cultivo de algas passou a ser uma solução viável para abastecer várias indústrias, principalmente de biocombustíveis. Pesquisadores da Universidade Estadual de Washington desenvolveram uma maneira mais eficiente de cultivo – em dias ao invés de semanas.


Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Algal Research, intitulado “Biomas production in Chlorella vulgaris biofilm cultivated under mixotrophic growth conditions”. O óleo extraído das algas pode ser utilizado como um substituto ao uso de petróleo e também na indústria de alimentos, fármacos, entre outros.


No entanto, alguns entraves acabam limitando o uso das algas nas indústrias, isso porque exige-se muito tempo e controle de água para o crescimento. Como solução os pesquisadores começaram a desenvolver reatores de biofilme para o cultivo, no entanto, tais reatores não eram suficientes devido às variações de pH ou de temperatura ou de oferta limitada de dióxido de carbono gasoso.


Para resolver este problema, foi desenvolvido um reator de biofilme exclusivo que recicla os gases e utiliza menos água e luz que os reatores típicos. O sistema é considerado único e permite que as algas realizem simultaneamente a fotossíntese enquanto consomem o carbono e respiram. As algas produzidas estavam cheias de gorduras, o que as torna adequada para a produção de biodiesel. Outra grande vantagem da utilização deste sistema é que as membranas estavam melhores removíveis, tornando-se mais fácil a colheita quando comparado a sistemas típicos.


Os pesquisadores alimentam as algas com glicerol, um produto de resíduo barato da produção de biodiesel, e ureia – outro produto químico barato que serve como fonte de nitrogênio para as algas. De forma simplificada, o design do sistema atua na reciclagem do dióxido de carbono e do oxigênio, o que torna uma solução sustentável e com menor pegada ecológica.



Compartilhe